quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EDUARDA X ROSILENO - O JULGAMENTO DE UMA AMIZADE-


Essa história começou assim...

Era uma vez... Era uma vez, não! Até parece texto de criança...Vamos

ver um começo melhor...

De tarde, três recrutas- CABEÇA DE TARTARUGA, ALDO E O 

CORPO DE GUARDA ROUPA- estavam na frente do C. P. R., e eu 

–Eduarda- estava andando de skate, quando de repente o corpo de 

guarda roupa fala assim:


- Dá uma volta aqui!

Dei um giro e falei:

- Pronto!

Os três ficaram olhando pra mim e eu disse com toda educação:

- Eu sou espelho?

Ele respondeu:

- O que?

Eu disse:


- É por que você fica olhando para mim!

E foi uma discussão danada!Dias depois descobri o nome desse 



recruta. Era Rosileno. Eu não o suportava, toda vez que estava de 

serviço ficava o mais longe possível do C. P. R. Toda tarde era só botar 

o pé no pátio que ele aparecia e no mesmo pé eu entrava.

Até que um dia, quando estava em meu esconderijo secreto, planejei 

um ato maldoso sobre ele.O plano era o seguinte: toda vez que o 

enxerga-se, faria careta, mostraria língua só para pegar raiva de mim.

Só que depois de ter planejado isso, os recrutas passaram dias fora 

daqui e eu nunca mais o vi.

Sempre sabia quando estava de serviço, pois ele sempre fica tocando 

um instrumento horrível.Um amigo meu estava de serviço e eu e 

minha irmã fomos conversar com ele. Quando falo com algum recruta, 

tenho costume de perguntar quem é que está de serviço e ele me 

respondeu:


- Graziela e o Rosileno.

E eu perguntei:

-Esse Rosileno não é o corpo de guarda roupa?

E ele afirmou que sim!
A partir desse momento eu fiquei doida para entrar para casa, só pra 


nós  não nos encontrarmos!E quando acabo de pensar isso, adivinha 

quem apareceu no portão. O maldito Rosileno! Não quis nem olhar 

para a sua cara, só o fique remendando por trás do meu amigo!

Minutos depois ele aparece novamente, fala boa noite e fica enchendo 

o saco e perguntou o nome da minha irmã e depois perguntou o meu e 

disse que não interessava!

E perguntou pra mim por que não gostava dele, fui sincera e falei:


- Eu nunca fui com a sua cara depois daquele dia que você fez graça 

para mim!

Ele respondeu:

- Sim! Eu só falei aquilo porque achei interessante uma menina 

andando de skate e ainda mais em uma rua só buraco! Depois que 

estava tudo explicado eu não aceitei as desculpas dele e 

falei:

- Está bem, só que eu ainda não gosto de você!

O tempo passou e ele ficou conversando com minha irmã e se de 

repente eu fechasse meus olhos não acreditava que fosse aquela  

pessoa que estivesse falando. As palavras foram se aprofundando 

cada vez mais e eu falei:
- Não acredito que estou brava com essa pessoa tão legal.

Ficava mostrando língua para ele e fazendo careta, só que não estava 

mais brava!Depois começamos conversar e tudo está melhor a cada 

dia. E ainda gosto do apelido de corpo de guarda roupa. Vejamos... O 

que posso dizer dele... É um homem de Deus... Educado... Amigo... E 

muito chato.Estou brincando! No final de tudo ele me perguntou o 

que eu aprendi com isso que aconteceu e acabo dizendo o final desse 

texto como uma moral:

-Nunca e jamais julgue a aparência, tente entender o lado da outra 

pessoa e não deixar uma magoa no seu coração por uma besteira e 

fazer que uma amizade tão boa se acabe. Como eu fiz e me 

arrependo... 

Ainda bem que não foi tarde demais para voltar atrás!





Autora: Eduarda Pinheiro.
 

 
 

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